domingo, 12 de abril de 2009

Turista

O pau esta querbrando aqui na Tailandia,
e nada chega a mim na minha vida de turista.
Eh impressionate o suporte dado para o turismo aqui!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sede, sede, sede

Eh absurdo:

Querer ler um livro,
ter dinheiro e nao ter onde comprar.

Eu gostaria de saber com que mundo
a internet me conecta?
Algo alagou no Brasil, o pau quebrando no oriente
e meus amigos internacionais que vem me contar...

Machismo, assim como arroz e futebol,
eh universal.

Salve Cartola:
o mundo
( principalemnte fora da bolha)
eh um moinho.
E meus sonhos eram tao mesquinhos!

Por quais terras anda o bom samaritano?

Palavra

Palavra eh perigosa e eu temo que historia essa doida vai contar quando sair daqui do Timor e chegar no Brasil.
No inicio vai ser assim, um monte de gente me perguntando um monte de coisas e eu com um monte de historias.
Depois a coisa se afunila e eu conto sempre as mesmas historias, depois as historias vao ser contadas pela palavras e nao mais por mim.
E bem sei que as palavras irao me seduzir e, afinal, que historias terei daqui?
Queria chegar no Brasil e ficar num silencio profundo e isolada do mundo,
para as historias daqui serem contadas por si so, e com uma breve intervencao da memoria.
Eh egoismo... mas por que o risco da palavra?

Tem certas coisas que eu contei duas ou tres vezes na vida
e para pessoas importantes como presente, embora elas nem saibam...
nao porque eh segredo,
mas porque o sentimento que carrega nao pode ser riscado
por essa doida da palavra.

Baucau, Tailandia e 3 anos novos em um ano!

Ok, consegui me livrar de uma pagina em tailandes...

Agora estou na Tailandia, mas antes disso estive em Bali, Dilih e Baucau. Sim, mais uma vez me mudei e novamente moro no interior do Timor e foi por opcao, o interior eh o Timor mais vivo, embora mais hostil,
No caminho para o distrito de Baucau: paisagem maravilhosa, pedras jogadas em mim e um tombo, de leve, na moto. (E olha que eu tenho carteira de motorista no Timor.) Mas essas coisas acontecem assim neh, aparece uma curva, um buraco e um chao! Mas depois de uma semana manca, o ferimento passa e soh fica a cicatriz, pra ser um historia emocionante de acordo com a minha escolha retorica ou apenas um tombo de moto.
Uma semana em Baucau e um funeral. Tem um cemiterio na rua de cima da minha casa e eu tive a chance de ver um enterro de acordo com as tradicoes daqui, pude ateh tirar foto... So uma constatacao, a mulher morreu no dia do meu aniversario.
Mas tudo bem, hj me encontro na tailandia e acabei de sair de um banho de energizacao, acho que eh isso. Essa semana comeca o ano novo aqui e teve uma cerimonia na rua com uma banda que super lembrava carnaval de rua das antigas, com cordoes de balsamo, agua e alguma coisa alem. Sei que no final das contas, eu estou comemorando o ano novo pela terceira vez em menos de um ano: a primeira foi o ano novo da China, a segunda do ocidente e o terceiro da Tailandia. Coisa de louco nao?
(OK, nao quero pensar na minha construcao progressista ocidental de tempo)
Ah, alem da cultura e tradicao daqui, a rua esta enfeitada com banners da coca cola! Coisas de louco esse mundo.
Alem do banho de energizacao fui em um templo budista, bonito e bonito, mas eh coisa grande demais pra gente que soh tem corpo e vida. Ateh quando as religioes terao templos gigantescos, etc e etc...
Nao posso esquecer, o povinho mal educado esse da Tailandia!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

História de Brincadeira ou História de Verdade

Junto com mais dois grandes amigos queridos e excelentes profissionais, realizo um trabalho a parte do meu trabalho oficial, que é de registrar as histórias tradicionais daqui do Timor-leste. Aquelas histórias que o avô do avô contava, que um dia contou para o pai e o pai contou para o filho e o filho conta para o filho que conta para… A principio tais histórias equivalem mais ou menos as histórias do folclore brasileiro, como o Boitatá, Saci, Negrinho do Pastoreio, histórias indígenas de quando surgiu o sol, a lua, as estrelas, a terra.
O nosso trabalho é realizado da seguinte forma, primeiro selecionamos um grupo de professores da escola primária, contextualizamo-los quanto ao tipo de literatura que queremos no projeto, qual a importância dessas histórias para a memória e cultura deles e principalmente, a necessidade de preservá-las por ser a identidade deles: A seguir pedimos para recolherem essas histórias com os alunos: o aluno tem que pedir para algum adulto contar a história, escrever e levar para o professor. Assim, o processo de registro e de contar história mesmo atinge a todos, desde a escola até a família. Tendo as histórias em mão, o professor deve selecionar as quatro melhores e convidar quem contou a história dos alunos para contar para ele, para ele registrar. A princípio, tentamos usar um MP4, mas os professores não se adaptaram, tiveram problema e foi tudo na base do “conta que eu escrevo”. Então, as histórias chegando até nós, temos a função de discutir com os professores como devemos adaptar para uma linguagem infantil, de acordo com o ano escolar, pois a proposta final é produzir livros a baixo custo. Nós estamos na fase de recolher as histórias e adaptar o português para crianças, falta ainda literalmente colocar as histórias no papel tanto em Tetúm como em Português, imprimir várias cópias para que as crianças durante as aulas ilustrem as histórias, para daí ensinar os professores a encadernar as folhas e fazer um livro manualmente. O legal dessa proposta para os timorenses, é que o custo é baixo, ensina os professores a serem pesquisadores e a fazerem qualquer tipo de material que precisarem, já que livro é uma coisa que falta aqui. E para mim é fascinante poder conviver, ouvir histórias daqui desse lugar, ver os timorenses confiarem em mim… A idéia desse projeto, a estrutura é da formidável, super profissonal e encantadora Karina, uma das queridas mineira da cooperação, que gentilmente me convidou para participar. A outra parte do projeto é o encantador e formidável Samuel, com uma sensibilidade absurda para trabalhar a História aqui .
É notável a necessidade deste tipo de projeto aqui no Timor. As gerações mais novas aqui do Timor, na faixa dos 20 anos mesmo, já não conhecem mais essas histórias, e isso é parte do eco dessa modernização do país, da oficialização do Tétum Praça e do Português, da migração do interior para a capital. Parte do meu trabalho desempenhado pela CAPES é dando aula para alunos de pós-graduação, que aqui é uma geração mais velha, mais próxima dos quarenta, e parte é para alunos de graduação, que é a geração Tim-tim, que são alunos mais novos, mas ainda assim mais velhos que eu. E é nítido o reflexo das mudanças, nas gerações mais velhas, falam-se Inglês, Bahasa indonésio, Tetúm praça, Tetúm terik e mais inúmeros dialetos, e tudo baseado na tradição oral, na geração mais nova, conhecida como geração Tim-tim, os jovens falam Tetúm Praça, mal, mal Inglês e mal, mal Português… Como todos sabem e como boa aluninha Unicamp, reafirmo que a língua é meio que se passa uma tradição e uma cultura e todo aquele discurso académico que eu realmente acredito. Enfim o nosso projeto gira em torno dessas questões.
Mas porque história de verdade ou história de brincadeira? Além das oficinas, temos encontros semanais com os professores para ver o andamento, as dificuldades etc e tal. Uma coisa recorrente nesses encontros é a dúvida quanto a qual tipo de história, pois se é a história que é memória de um povo, nós não podemos esquecer como a invasão indonésia marcou. Com frequência, os professores contam e escrevem as histórias de vida deles, de quando a Indonésia ocupou, e fez todas as barbaridades de uma ditadura. Inclusive um deles um dia perguntou para nós: “ Vocês querem história de brincadeira ou história de verdade?” O que gerou em nós, brasileiros, dúvida quanto a aceitação dessas histórias no material a ser construído, no final das contas, concordamos que deve entrar essas histórias, pois faz parte deles, não há registros históricos sobre esse período. O que me causou um certo desconforto foi que primeiramente eu achei que essas histórias não deviam entrar, pois literariamente julgava imprecisas para a proposta, depois eu vi que o buraco era mais fundo, por mais eu tente ter toda liberdade de pensamento para conseguir um ensino autentico e livre, por conseguinte, ainda tenho raízes profundas de contos de fadas, as histórias tem que ter final feliz.
19 de janeiro

Bali

Voltei, para quem pensou que eu havia me acabado junto com as viroses/diarreias daqui que se tornaram parte de mim durante semanas, eu voltei. Na verdade passei por algumas dificuldades aqui, o que me impediu de escrever durante todo esse tempo. (Observação, escrevo em um computador português, literalmente, que não aceita meus acentos!)
Primeiro vou falar das férias: fui para Bali, apenas. Sim, achei que Bali seria muito mais emocionante… Mas vamos começar a contar a história desde o início, afinal, caros amigos, eu e vocês estamos aqui para isso. Há duas formas para ir a Bali, a primeira é pegar um voo daqui de Dilí mesmo e a segunda é ira até o outro lado da ilha, que é território da Indonésia, e pegar um voo da cidade de Kupang para Bali. Claro que eu fiz a escolha de ir para Kupang, com todos os sacrifícios que isso acarreta: para chegar a Kupang, eu e meus amigos, pegamos uma van e viajamos durante 12 horas e meu estômago, como sempre, agradecendo cada curva. Mas valeu a pena, pois pude perceber particularidades da vida timorense, a proximidade cultural deles e a diferença na vegetação; é impressionante, a vegetação do lado da Indonésia é muito mais densa, tem mais variedade, as folhas são mais largas; há rios e não ribeirão.
Chegamos em Kupang, minhas expectativas iniciais era de uma cidade grande, desenvolvida, meio Belo Horizonte, dadas as devidas proporções de redução para Kupang.
- “O quê?”, em tom histérico.
Kupang é uma Dilí gigantesca e desorganizada, prédios sujos e mofados, lixo nas ruas, calçadas tortas, trânsito sem leis e blá! É apenas uma Dilí grande e muito mais desorganizada que a minha querida Dilí. E parte do pacote dessa viagem, era dormir uma noite na famigerada cidade, (uou!)e adivinha como era o hotel: mofado! Eu mais dois amigos dividimos um quarto, a diária era 33 dólares, um absurdo de caro, é o preço de um hotel luxuoso de Bali, com piscina e tudo mais! E para jantar numa cidade como essa? Claro que numa hora precisa como essa é que vem o meu TOC ( Transtorno Obsessivo Compulsivo), primeiro por ter só comida indonésia, logo sem sal e doce, segundo porque a comidas ficam expostas e, terceiro, principal, a noção de higiene do lado de cá é muito, muito diferente. Bom, brindemos a Coca-Cola! Graças ao meu bom Deus, o capitalismo selvagem trouxe a Coca para todos os cantos do mundo, do fundo do meu coração digo isso!
No dia seguinte fomos para Bali, todos falavam do cheiro típico de Bali, devido aos incensos que há por toda parte por causa da religião deles, eu não senti nada, o mofo entupiu meu nariz! Mas a coisa mais doida foi ir em uma cidade relativamente grande, eu estava aqui isolada em Dili, com a minha vidinha, minhas coisinhas, praia sem muita gente, fuzuê só véspera de natal, carros velhos, biz, biz e biz, gente tomando banho em quintal de casa, córregos a céu aberto, crianças pelas ruas de calcinha e cueca, porcos por ai, búfalos, cachorros, galinhas e… aquela cidade com tudo super preparado para o turismo! No primeiro dia eu senti falta da querida Dilí, mas depois veio as minhas raízes campineira, beozontinas e me senti a vontade. A boa culinária balinesa e a variedade me compraram, como eu comi naquele lugar, como eu comi e como eu comi: a comida era salgada! Tinha restaurante mexicano, italiano, grego! Além de tudo tinha água tratada, banho quente… Oh, era o paraíso.
Ai decidi dar um role pela cidade… aquilo lá é um shopping a céu aberto, cada esquina tem uma loja da Pólo, Dolce e Gabanna, essas marcas europeias, tudo muito barato para quem ganha em real mesmo! E quando não eram as lojas de marcas, todos os cantos tem lojas dos próprios balineses que assediam o tempo todo os turistas, caramba, aquilo virou um inferno. Eu fui para a praia, um dia desses, e veio 5 vendedores me oferecendo canga, aulas de surf, massagem, unha, esteira… eu só queria pegar uma corzinha, só! Ainda bem que meu hotel era de luxo, tinha uma piscina maravilhosa! Detalhe, com um cavalo com um pinto gigantesco que era a ducha da área da piscina, tudo aqui da decoração tem putaria, como diria a minha amiga Meiri, “povo imoral”. O mais chato disso tudo, voltando às compras, é que é uma simpatia forçada, quando se recusa uma compra, ele começam a falar coisas no dialeto deles, isso foi uma coisa que me tirou do sério.
Fora isso fiz vários passeios pelos lugares turísticos: templos, marcenarias, lojas de artesanato, campos de arroz e, para minha felicidade, fui para um vulcão, Agung, que ainda está ativo… Isso foi emocionante, muito legal mesmo! Mas o mais impressionante é que Bali não é uma cidade para os balineses, só tem turista e australiano, é o quintal da Austrália. O que achei bonito de lá mesmo foram as entre-linhas, em todo canto tinha oferenda para os deuses, nas calçadas dos centros comerciais havia flores e incensos para os deuses. O único problema é que sem querer a gente acaba pisando e diz que dá má sorte, deve ser por isso que tive um problema com meu siso e tive que fazer uma operação simples.
Chegou a hora de partir e não havia passagens direto para Dilí, tivemos que fazer o mesmo caminho da ida, confesso que quando cheguei em Kupang, me deu um desespero, num queria ficar naquela cidade mesmo e mais uma noite lá. E realmente eu pude vivenciar o “indonesian way of life”, sabe aquela coisa que é de um jeito e nunca vai mudar, as pessoas parecem acomodadas demais, “é aquilo e pronto”. Pela primeira vez, eu tive segurança na escolha que o Timor-leste fez em se desvincular da Indonésia, o que me ajuda muito no trabalho que faço aqui.
Estou tão feliz de ter voltado para Dilí.

Bali

Voltei, para quem pensou que eu havia me acabado junto com as viroses/diarreias daqui que se tornaram parte de mim durante semanas, eu voltei. Na verdade passei por algumas dificuldades aqui, o que me impediu de escrever durante todo esse tempo. (Observação, escrevo em um computador português, literalmente, que não aceita meus acentos!)
Primeiro vou falar das férias: fui para Bali, apenas. Sim, achei que Bali seria muito mais emocionante… Mas vamos começar a contar a história desde o início, afinal, caros amigos, eu e vocês estamos aqui para isso. Há duas formas para ir a Bali, a primeira é pegar um voo daqui de Dilí mesmo e a segunda é ira até o outro lado da ilha, que é território da Indonésia, e pegar um voo da cidade de Kupang para Bali. Claro que eu fiz a escolha de ir para Kupang, com todos os sacrifícios que isso acarreta: para chegar a Kupang, eu e meus amigos, pegamos uma van e viajamos durante 12 horas e meu estômago, como sempre, agradecendo cada curva. Mas valeu a pena, pois pude perceber particularidades da vida timorense, a proximidade cultural deles e a diferença na vegetação; é impressionante, a vegetação do lado da Indonésia é muito mais densa, tem mais variedade, as folhas são mais largas; há rios e não ribeirão.
Chegamos em Kupang, minhas expectativas iniciais era de uma cidade grande, desenvolvida, meio Belo Horizonte, dadas as devidas proporções de redução para Kupang.
- “O quê?”, em tom histérico.
Kupang é uma Dilí gigantesca e desorganizada, prédios sujos e mofados, lixo nas ruas, calçadas tortas, trânsito sem leis e blá! É apenas uma Dilí grande e muito mais desorganizada que a minha querida Dilí. E parte do pacote dessa viagem, era dormir uma noite na famigerada cidade, (uou!)e adivinha como era o hotel: mofado! Eu mais dois amigos dividimos um quarto, a diária era 33 dólares, um absurdo de caro, é o preço de um hotel luxuoso de Bali, com piscina e tudo mais! E para jantar numa cidade como essa? Claro que numa hora precisa como essa é que vem o meu TOC ( Transtorno Obsessivo Compulsivo), primeiro por ter só comida indonésia, logo sem sal e doce, segundo porque a comidas ficam expostas e, terceiro, principal, a noção de higiene do lado de cá é muito, muito diferente. Bom, brindemos a Coca-Cola! Graças ao meu bom Deus, o capitalismo selvagem trouxe a Coca para todos os cantos do mundo, do fundo do meu coração digo isso!
No dia seguinte fomos para Bali, todos falavam do cheiro típico de Bali, devido aos incensos que há por toda parte por causa da religião deles, eu não senti nada, o mofo entupiu meu nariz! Mas a coisa mais doida foi ir em uma cidade relativamente grande, eu estava aqui isolada em Dili, com a minha vidinha, minhas coisinhas, praia sem muita gente, fuzuê só véspera de natal, carros velhos, biz, biz e biz, gente tomando banho em quintal de casa, córregos a céu aberto, crianças pelas ruas de calcinha e cueca, porcos por ai, búfalos, cachorros, galinhas e… aquela cidade com tudo super preparado para o turismo! No primeiro dia eu senti falta da querida Dilí, mas depois veio as minhas raízes campineira, beozontinas e me senti a vontade. A boa culinária balinesa e a variedade me compraram, como eu comi naquele lugar, como eu comi e como eu comi: a comida era salgada! Tinha restaurante mexicano, italiano, grego! Além de tudo tinha água tratada, banho quente… Oh, era o paraíso.
Ai decidi dar um role pela cidade… aquilo lá é um shopping a céu aberto, cada esquina tem uma loja da Pólo, Dolce e Gabanna, essas marcas europeias, tudo muito barato para quem ganha em real mesmo! E quando não eram as lojas de marcas, todos os cantos tem lojas dos próprios balineses que assediam o tempo todo os turistas, caramba, aquilo virou um inferno. Eu fui para a praia, um dia desses, e veio 5 vendedores me oferecendo canga, aulas de surf, massagem, unha, esteira… eu só queria pegar uma corzinha, só! Ainda bem que meu hotel era de luxo, tinha uma piscina maravilhosa! Detalhe, com um cavalo com um pinto gigantesco que era a ducha da área da piscina, tudo aqui da decoração tem putaria, como diria a minha amiga Meiri, “povo imoral”. O mais chato disso tudo, voltando às compras, é que é uma simpatia forçada, quando se recusa uma compra, ele começam a falar coisas no dialeto deles, isso foi uma coisa que me tirou do sério.
Fora isso fiz vários passeios pelos lugares turísticos: templos, marcenarias, lojas de artesanato, campos de arroz e, para minha felicidade, fui para um vulcão, Agung, que ainda está ativo… Isso foi emocionante, muito legal mesmo! Mas o mais impressionante é que Bali não é uma cidade para os balineses, só tem turista e australiano, é o quintal da Austrália. O que achei bonito de lá mesmo foram as entre-linhas, em todo canto tinha oferenda para os deuses, nas calçadas dos centros comerciais havia flores e incensos para os deuses. O único problema é que sem querer a gente acaba pisando e diz que dá má sorte, deve ser por isso que tive um problema com meu siso e tive que fazer uma operação simples.
Chegou a hora de partir e não havia passagens direto para Dilí, tivemos que fazer o mesmo caminho da ida, confesso que quando cheguei em Kupang, me deu um desespero, num queria ficar naquela cidade mesmo e mais uma noite lá. E realmente eu pude vivenciar o “indonesian way of life”, sabe aquela coisa que é de um jeito e nunca vai mudar, as pessoas parecem acomodadas demais, “é aquilo e pronto”. Pela primeira vez, eu tive segurança na escolha que o Timor-leste fez em se desvincular da Indonésia, o que me ajuda muito no trabalho que faço aqui.
Estou tão feliz de ter voltado para Dilí.